O Presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou esta quinta-feira à Reuters que quer que o seu país tenha um arsenal nuclear de “topo” e lamenta que Washington “tenha ficado para trás em termos de armamento nuclear”. “Seria um sonho espetacular se nenhum país tivesse de ter mísseis nucleares, mas se os outros países vão ter mísseis nucleares, então nós temos de estar no topo da matilha”, disse na entrevista. “Nós não vamos ficar atrás de nenhum país, mesmo que seja um país amigo, não vamos ficar atrás de nenhuma potência nuclear.”
Neste momento, de acordo com o Ploughshares Fund, uma organização contra a proliferação de armas nucleares, a Rússia tem um total de sete mil ogivas, o que a torna na maior potência mundial. A seguir, estão os EUA, com 6800. De seguida, e a uma distância considerável, segue-se a França (300), a China (260), o Reino Unido (215), o Paquistão (130), a Índia (120) e por último Israel (80).
Donald Trump sugeriu ainda que vai querer renegociar o acordo New START, firmado em 2010, em que a Rússia e os EUA se comprometeram com uma redução dos respetivos arsenais nucleares até 2021. Agora, Donald Trump diz que esse é “um acordo enviesado” e deu indicações de que quer renegociá-lo. “É mais um mau acordo que o país fez, seja o START, seja o acordo com o Irão”, disse. “Vamos começar a fazer bons acordos.”
O Presidente dos EUA comentou ainda os alegados ensaios nucleares por parte da Coreia do Norte. “Estamos muito chateados com o que ele fez”, disse, referindo ao ditador norte-coreanos, Kim Jong Un. “Francamente, isto devia ter sido resolvido durante a administração de Obama.”
Na entrevista com a Reuters, Donald Trump considerou a hipótese de os EUA ajudarem a construir um escudo anti-míssil com o Japão e a Coreia do Sul naquela região. “Há conversas em torno disso e muito mais”, disse. “Vamos ver o que acontece. Mas é uma situação muito perigosa e a China pode acabar com ela muito rapidamente, na minha opinião.”