O antigo Cinema Europa, em Lisboa, vai reabrir até ao final do mês como biblioteca e espaço cultural, depois de a inauguração ter estado prevista para o outono, anunciou esta quinta feira o presidente da Junta de Campo de Ourique.

“Até ao fim do mês, teremos a abertura do espaço e o funcionamento da biblioteca em pleno, para a qual já temos mais de 5.000 livros em sala”, anunciou o presidente da Junta de Freguesia de Campo de Ourique, Pedro Cegonho (PS).

Falando na reunião descentralizada da Câmara de Lisboa, que decorreu na Academia Estrela, para ouvir munícipes das freguesias de Campo de Ourique, Campolide e Estrela, o responsável explicou que falta completar o recheio do espaço.

“Abrirá também com um programa cultural acessório e complementar à biblioteca”, notou.

A Câmara de Lisboa adquiriu em 2014 o piso térreo do edifício onde outrora existiu o Cinema Europa, com vista à instalação de um equipamento cultural previsto na candidatura vencedora do movimento SOS Cinema Europa ao Orçamento Participativo de 2009/2010 e delegou competências na Junta de Freguesia, que vai gerir o espaço.

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As obras, que estavam previstas arrancar em junho do ano passado, tinham um prazo previsto de 144 dias e um orçamento de 499 mil euros. Previa-se, então, que a inauguração acontecesse no outono.

Falando sobre o projeto, o presidente do município, Fernando Medina (PS), considerou que a reabertura do espaço “é uma excelente notícia”, porque “aquele local estava em ruína”.

Inaugurado na década de 1930, o Cinema Europa foi utilizado até 1981 e é um dos edifícios emblemáticos de Campo de Ourique, tendo na fachada uma escultura em alto-relevo do escultor Euclides Vaz.

Outro assunto abordado por Pedro Cegonho foi o da falta de estacionamento em Campo de Ourique.

O autarca informou estar “a conversar” com a administração da Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL) para expandir o horário de fiscalização nalgumas zonas da freguesia e também para alargar os lugares reservado a moradores com dístico.

A falta de estacionamento foi um problema também apontado pelos residentes em Campolide.

“Falta-nos a EMEL”, reconheceu o presidente da Junta de Campolide, André Couto (PS).

Aludindo à polémica da retirada de parquímetros na noite passada em Carnide, por residentes e pela Junta de Freguesia, André Couto ironizou: “Queria que considerassem a candidatura de Campolide a receber esses 12 parquímetros”.

Em resposta, Fernando Medina disse que “esses já têm dono”.

No que toca à freguesia da Estrela, o presidente da autarquia, Luís Newton (PSD), deu conta da intenção de transformar o Terrapleno de Santos, junto ao rio, num parque de estacionamento dissuasor, mas reconheceu que é um “investimento pesado”.

Nas suas intervenções, os autarcas destas freguesias reivindicaram, ainda, a expansão do Metropolitano até à zona ocidental da cidade, necessidade reconhecida por Fernando Medina.

“Estamo-nos a bater por isso” junto do Governo, adiantou o presidente do município.