A KPMG vê riscos na avaliação que é feita pela Associação Mutualista Montepio Geral, nas contas de 2016, da Caixa Económica (CEMG) e, também, da holding Montepio Seguros (Real Seguros e Lusitânia). O auditor externo não põe em causa as contas, mas deixa um ênfase no qual afirma que a avaliação, superior a dois mil milhões de euros, assenta em “pressupostos subjetivos”, ou seja, que podem ser otimistas quanto ao plano de negócios, aos critérios macroeconómicos e condições de mercado. A notícia é do Público.

“Os testes efetuados [pela mutualista] relativamente à determinação do valor recuperável das suas participações financeiras tiveram por base pressupostos cuja influência da atual conjuntura económico-financeira e condições gerais do mercado são determinantes, escreveu a KMPG, acrescentando que “a verificação dos pressupostos utilizados nos respetivos testes e evolução das condições macro económicas e do mercado em geral poderão traduzir-se na alteração desses mesmos pressupostos e, consequentemente, no valor recuperável determinado das suas participações financeiras”.

Por outras palavras, se as condições de mercado não corresponderem a estes “pressupostos”, a associação mutualista poderá ter de reconhecer um valor mais baixo para a Caixa Económica, que teve prejuízos de 86,5 milhões em 2016 (menos do que os 243 milhões perdidos no ano anterior).

A preocupação da KPMG é, também, a do Conselho Fiscal da mutualista. O organismo alertou que “mesmo alterações mínimas” nas condições de mercado podem ter um impacto significativo sobre o balanço da associação mutualista.

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