Já foram registados em Portugal 41 casos de consumo de flakka, uma nova droga sintética conhecida por “droga zombie” e que tem como um dos principais efeitos secundários a condução a comportamentos paranóicos, incluindo ao canibalismo, escreve esta quinta-feira o Jornal de Notícias, citando dados do Laboratório de Polícia Científica da Polícia Judiciária.

De acordo com o JN, a substância é muito perigosa e inclusivamente fatal, levando frequentemente os seus consumidores a comerem partes do seu corpo. Na Europa já morreu mais de uma centena de pessoas na sequência do consumo desta droga. Em Portugal, foram detetados 30 casos em 2015 e onze em 2016.

Trata-se de uma substância psicoativa que tem um elevado grau de toxicidade e cujos efeitos a médio e longo prazo ainda não estão suficientemente estudados, detalham os especialistas que falaram ao JN sobre o assunto. Além disso, a droga é vendida com muita facilidade através da Internet, custando cerca de 15 vezes menos do que a cocaína.

Originária da China, que a proibiu em outubro de 2015, a flakka tem uma estrutura semelhante a cristais de banho, detalha o JN. A substância é habitualmente fumada, inalada ou injetada. Pela Internet, multiplicam-se vídeos que mostram os efeitos da substância. Em alguns, mais extremos, é possível ver pessoas a comerem partes do seu corpo. Outros acreditam ser zombies ou estarem a ser perseguidos.

https://www.youtube.com/watch?v=QLC7GSKBe9A

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