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Só 9 cursos mantinham a totalidade dos alunos inscritos um ano depois de terem entrado

Este artigo tem mais de 5 anos

Só 9 cursos tinham conseguido fixar todos os alunos um ano depois. O número de alunos que abandonou o ensino superior um ano depois de ter entrado baixou em 2016.

Dos 65.480 inscritos pela primeira vez em 2014/15, 5.640 um ano depois já tinham abandonado os estudos
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Dos 65.480 inscritos pela primeira vez em 2014/15, 5.640 um ano depois já tinham abandonado os estudos

PAULO NOVAIS/LUSA

Dos 65.480 inscritos pela primeira vez em 2014/15, 5.640 um ano depois já tinham abandonado os estudos

PAULO NOVAIS/LUSA

Apenas em nove dos 1.306 cursos com dados disponíveis todos os alunos que entraram pela primeira vez em 2014/15 se mantiveram no curso um ano depois. Precisamente no extremo oposto estão os 33 cursos em que mais de metade já não frequentava o curso onde entrou um ano antes, segundo os dados atualizados esta sexta-feira pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e que podem ser consultados no portal do Infocursos.

Enfermagem na Escola Superior de Saúde da Universidade da Madeira. Análises e Clínicas e Terapêutica da Fala, ambos na Escola Superior de Saúde da Universidade privada Fernando Pessoa. Música, na variante de canto, e também na variante de composição, no Politécnico do Porto. Direção de Orquestra, na Academia Nacional Superior de Orquestra, e Direção Musical, no Conservatório Superior de Música de Gaia. E ainda Engenharia de Segurança do Trabalho, no Politécnico de Coimbra, e Multimedia, no Instituto Superior Miguel Torga, são os nove cursos que fixaram a totalidade dos estudantes um ano depois destes terem entrado.

O grande destaque desta lista vai para cursos da área da saúde e da música, e sobressai ainda o facto de na quase totalidade serem cursos ministrados no ensino politécnico privado.

Pelo contrário, há 33 cursos em que mais de metade dos alunos que entraram pela primeira vez em 2014/15, um ano depois já não estavam inscritos por variados motivos: ou porque tinham mudado de curso dentro da mesma instituição, ou porque tinham mudado de instituição de ensino ou ainda por, pura e simplesmente, terem desistido dos estudos, o que se poderá prender com questões económicas, com emigração, entre outras razões.

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Neste caso, os 33 cursos estão divididos praticamente de igual forma entre ensino público e privado, sendo que há mais cursos ministrados em universidades do que em politécnicos, e vão das engenharias à filosofia, do marketing à biologia.

Há menos estudantes a abandonarem os estudos

Os números agora conhecidos permitem ainda perceber que a taxa de abandono do ensino superior baixou em 2015. Dos 65.480 inscritos pela primeira vez em 2014/15 em licenciaturas e mestrados integrados no ensino público, mas também no privado, 5.640 alunos um ano depois já tinham abandonado os estudos, o que corresponde a uma taxa de abandono de aproximadamente 8,6%.

Estes dados revelam uma quebra na taxa de abandono face ao ano anterior, sendo que apenas nos mestrados integrados no ensino público a taxa subiu ligeiramente (de 2,3% para 2,5%), continuando, ainda assim, a ser aquela que regista menor abandono.

De resto, como se pode verificar no gráfico abaixo, salta à vista que são os alunos do ensino privado que, proporcionalmente, mais desistem de estudar. E as taxas de abandono são mais altas ao nível das licenciaturas do que dos mestrados integrados.

Estes dados são conhecidos quando faltam poucos dias para serem conhecidas as vagas do ensino superior e respetivas notas de entrada. O arranque das candidaturas está marcado para a próxima quarta-feira, dia 19 de julho.

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