O número de famílias que recebem o subsídio social básico em Moçambique aumentou este ano para 550 mil, face às 507 mil que recebiam essa ajuda em 2016, indicam dados do Governo divulgados esta quinta-feira.

Em termos de grupos-alvo, temos agregados familiares com pessoas idosas, agregados chefiados por pessoas com deficiência e outros chefiados por pessoas com doenças crónicas“, afirmou o chefe da Repartição de Finanças e Estatísticas do Ministério do Género, Criança e Ação Social, Gito Mataba, citado pelo diário O País.

Gito Mataba referiu-se à ajuda que aquele ministério presta às camadas vulneráveis da população moçambicana quando prestava informações ao chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, durante uma visita que este realizou à instituição na quinta-feira. Segundo Gito Mataba, as famílias beneficiárias do subsídio social básico recebem por mês entre 310 meticais (4,2 euros) e 650 meticais (nove euros), cada, dependendo do número de elementos do agregado familiar.

O crescimento demográfico e da pobreza associada às calamidades naturais, nomeadamente a seca, são algumas das razões por detrás do aumento do número de pessoas em situação de vulnerabilidade, explicou o chefe da Repartição de Finanças e Estatísticas do Ministério do Género, Criança e Ação Social.

Gito Mataba adiantou que até ao final do ano o ministério vai canalizar 2,5 mil milhões de meticais (34 milhões de euros) para o subsídio social básico, que serão acrescidos de uma ajuda no valor de 653 milhões de meticais (nove milhões de euros) o Banco Mundial para o mesmo fim.

Dados oficiais indicam que pouco mais de metade da população moçambicana, estimada em mais de 27 milhões, é pobre, e a esmagadora maioria sobrevive de meios próprios, devido à incapacidade financeira do Governo para prestar assistência.

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