Depois de a comunidade internacional se ter mantido impassível face as cargas policiais e militares que tentaram impedir milhares de votar no referendo e feriram pelo menos 900 no caminho, já não há qualquer “esperança de mediação internacional”, assumem na carta que enviaram esta sexta-feira ao presidente do governo autónomo da Catalunha os responsáveis da Candidatura de União Popular (CUP).

Por isso mesmo, continua o documento, citado pelo El País, é preciso que Carles Puigdemont proclame e o mais rapidamente possível a república catalã. De acordo com os responsáveis do movimento, de extrema-esquerda anticapitalista e com assento no parlamento da Generalitat, só assim a comunidade internacional vai reconhecer a Catalunha como um sujeito político de facto. “Se querem continuar a aplicar o previsto no artigo 155 da Constituição espanhola, então que o façam com a república já proclamada”, continua a carta.

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“Ficarmos imóveis face às suas ameaças, às suas negociações e à sua autoridade, não nos permitirá existir como povo, não permitirá que nos governemos nem que avancemos na consecução de mais direitos e liberdades”, continua a CUP na missiva enviada. No fim, garante: a futura república catalã pode até não contar com o apoio de outros Estados e mercados, mas vai ter o apoio do povo.

Puigdemont já esta quinta-feira tinha sido também intimado pela Assembleia Nacional Catalã a efetivar a declaração de independência.

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