Rui Esteves, antigo Comandante Operacional Nacional da Proteção Civil, desviou meios do grande incêndio que deflagrou no concelho de Mação, em julho, contrariando o comando distrital, avança a TSF.

A suspeita já tinha sido levantada pelo presidente da Câmara Municipal de Mação e foi agora confirmada pela “fita do tempo” do fogo, entretanto encaminhada para o Ministério da Administração Interna. De acordo com o documento, a que a TSF teve acesso, o Grupo de Reforço para Incêndios Florestais, de Aveiro, foi retirado do teatro de operações por ordem de Rui Esteves.

A ordem do Comandante Operacional aconteceu numa altura em que as chamas já lavravam há cerca de 20 horas. O incêndio de Mação consumiu 18 mil hectares de floresta no distrito,cinco mil em Proença-a-Nova e mil na Sertã. Cerca de 200 pessoas tiveram de ser evacuadas e 15 casas ficaram destruídas.

Para Vasco Estrela, a “fita do tempo” é a prova derradeira de que algo “extremamente grave” aconteceu. À TSF, o autarca recordou que foi a decisão tomada por Rui Esteves, que se demitiu do cargo em setembro na sequência da polémica da licenciatura, fez com que o fogo se tornasse incontrolável. Além disso, Vasco Estrela disse não fazer qualquer sentido que uma pessoa, que estava a 200 quilómetros de Mação, em Lisboa, tivesse decidido avançar com uma decisão contrária à do comandante distrital, que estava no terreno.

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