A pergunta tem sido recorrente e Pedro Nuno Santos responde quase sempre da mesma maneira. O PS tem um acordo com a esquerda parlamentar, mas o cenário de ter de haver consensos à direita nunca é afastado.

“Tive muito cuidado, muito cuidado em explicar que o nosso acordo é com o PCP, com o BE e com o PEV. É assim desde o início e será assim até ao fim. Os nossos orçamentos são construídos com esta maioria, o que não nos proíbe de não procurarmos o PSD e o CDS em muitas outras matérias para as quais as suas posições sejam importantes. Via uma aparente contradição minha entre entrevistas porque eu teria dito uma vez que, com esta solução, o PS prova que não precisará mais da direita para governar, e é verdade. De facto, nós hoje temos opções que não tínhamos antes, portanto não precisamos, o que não quer dizer que não venha a acontecer. E não quer dizer também que não haja reformas que não devam ser feitas com um apoio ainda mais largo.

O secretário de Estado desvaloriza a polémica da taxa das energias renováveis, que opôs o Governo ao Bloco de Esquerda e garantiu: “Já tivemos divergências maiores que essa”. Daí que recuse que a maioria parlamentar esteja agora mais desgastada do que no início do Governo: “temos uma maioria que consegue trabalhar hoje melhor do que há dois anos”.

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