Caso seja constituído arguido, o ministro das Finanças, Mário Centeno, está disponível para pedir a demissão. Essa é a informação avançada pelo Correio da Manhã esta segunda-feira, que garante que o tema já foi discutido com o primeiro-ministro António Costa. Em causa está a investigação do Ministério Público, que está a apurar se Centeno poderá ser acusado do crime de recebimento indevido de vantagem.
De acordo com o Correio da Manhã, Centeno está disposto a demitir-se, à semelhança do que foi feito por Rocha Andrade, João Vasconcelos e Jorge Oliveira, os secretários de Estado constituído arguidos pelo mesmo crime (na sequência do convite da Galp para assistir a um jogo da Seleção). Contactado pelo mesmo jornal, o ministério absteve-se de comentar a informação, invocando o segredo de justiça que abrange o processo.
Mário Centeno está a ser investigado pelo crime de recebimento indevido de vantagem, de acordo com o jornal Expresso. Em causa está a atribuição de isenção de IMI à Realitatis, empresa administrada pelos dois filhos de Luís Filipe Vieira, que alegadamente terá ocorrido depois de um contacto do presidente do Benfica junto do ministro das Finanças. A suspeita de favorecimento agrava-se pelo pedido de lugares para assistir ao Benfica-Porto pelo gabinete de Centeno, avançada pelo Observador, que poderá configurar o recebimento ilícito da dita vantagem, em troca do “favor” da isenção de IMI. O MP está a investigar se há relação entre os dois acontecimentos.
Ministro das Finanças pediu lugares para si e para o filho para o Benfica-Porto da época passada