O Mosteiro da Batalha serve de palco a um ciclo de teatro, entre quarta-feira e agosto, em que serão utilizados espaços como a Capela do Fundador, a Igreja do Mosteiro, a Sala do Capítulo ou as Capelas Imperfeitas.
O ciclo, que conta com dois espetáculos, começa na quarta-feira com a apresentação do espetáculo “Fabula Buffa”, da companhia italiana Teatro Picaro, nas Capelas Imperfeitas, e termina com a peça “A paixão de Mestre Afonso Domingues”, que estará em exibição entre 14 e 17 de agosto.
Joaquim Ruivo, diretor do Mosteiro da Batalha, disse à agência Lusa que pretende que esta iniciativa seja apenas o início de um ciclo de teatro “que se replique ao longo dos anos e que se vá cimentando como um ponto importante na dinâmica da cidade”.
A iniciativa está integrada no ciclo comemorativo dos 30 anos da classificação do mosteiro como Património Mundial, que já promoveu “uma exposição patente na Capela do Fundador”, a apresentação de um livro e que ainda vai realizar “um congresso internacional de História”, avançou Joaquim Ruivo.
O espetáculo que estará em exibição em agosto parte de uma peça do dramaturgo António Patrício, que “aborda a lenda de Alexandre Herculano sobre a abóbada do Mosteiro”, mas que ficou com o terceiro ato “por terminar”, contou.
O ator Tobias Monteiro, responsável pelo projeto, “juntamente com os seus colaboradores”, construiu a peça “baseada nos apontamentos deixados por António Patrício sobre o terceiro ato”, explicou.
“Esta é uma peça pouco conhecida do dramaturgo, mas que tem este conceito interessante de que o espetáculo é realizado nos espaços onde a narrativa foi construída”, sublinhou, referindo que o público “poderá vivenciar os espaços patrimoniais do Mosteiro da Batalha de forma diferente”, seguindo os atores durante a peça por locais como “a Capela do Fundador, a Igreja do Mosteiro e depois a Sala do Capítulo, onde está a abóbada”, de técnica gótica.
O espetáculo, realizado em parceria com o Teatro Nacional D. Maria II, conta com a participação de Ana Bustorff, Fernando Luís, João Craveiro e Margarida Gonçalves, entre outros.
O ciclo de teatro conta ainda com a participação da associação cultural Kind of Black Box, que é a responsável pela produção do evento.