Mais de vinte câmaras e juntas de freguesia estão a ser investigadas pelas Finanças depois das recentes eleições autárquicas. As surpresas que encontraram nas contas, depois das tomadas de posse, levaram os novos presidentes a pedirem auditorias à Inspeção-Geral das Finanças (IGF) – organismo agora responsável pela fiscalização das contas do poder local.

Ao todo, a IGF, que integrou a anterior Inspeção Geral da Administração Local (IGAL), disse ao Observador que “deram entrada na Inspeção-Geral mais de duas dezenas de pedidos de intervenção em autarquias locais, abrangendo municípios e freguesias, incidindo apenas sobre verificação de contas, designadamente, as respeitantes ao mandato anterior”.

Para já, a IGF não concluiu nenhuma inspeção, pelo que ainda não são conhecidos resultados. No entanto, se das auditorias resultarem indícios de crime, as Finanças reencaminharão os relatórios para o Ministério Público.

As Finanças recusaram-se nomear as câmaras e freguesias que estão sob investigação, mas o Observador sabe que foram apresentadas queixas por alguns autarcas, nomeadamente de Tomar.

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