A UEFA já tinha decidido endurecer o pulso em maio de 2013 e prometia sanções mais pesadas quando fossem observadas atitudes discriminatórias nos estádios. Há poucas semanas, o gesto de Dani Alves, quando comeu a banana que lhe lançaram, ficou famoso e deu lugar a uma enorme mobilização de apoio.
A direção do Villarreal, o adversário do Barça nesse dia, decidiria depois banir o adepto e negar-lhe um regresso ao El Madrigal. Para sempre. A bancada onde o lançamento da banana teve lugar foi também parcialmente encerrada e seria por lá colocada uma faixa a dizer “não ao racismo”.
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Na final da Taça do Rei, num jogo que colocou frente a frente Real Madrid e Barcelona, alguns adeptos merengues conviveram antes do jogo com uma bandeira nazi a servir de pano de fundo (ver o tweet em cima).
Pouco tempo depois, um setor do Santiago Bernabéu exibiria faixas racistas no jogo das meias-finais da Liga dos Campeões conta o Bayern de Munique. A época merengue terminaria em beleza, com a conquista da Copa do Rei e da Liga dos Campeões, mas a UEFA trataria de colocar os pontos nos “ii”. Foi hoje. O Real Madrid terá os setores 120 e 122 encerrados no próximo jogo europeu. Em vez de adeptos terá uma faixa a dizer “não ao racismo”, tal como aconteceu no estádio do Villarreal.
“A luta contra o racismo é uma grande prioridade para a UEFA. O órgão governativo para o futebol europeu tem uma política de tolerância zero face a racismo e discriminação, seja no campo ou nas bancadas”, pode ler-se no comunicado sobre a sanção no site oficial do organismo. Segundo o El País, o Real Madrid tenciona recorrer da decisão.