O objetivo é dar garantias adicionais ao consumidor português, já que a utilização destes aditivos no bacalhau foi aprovada pela Comissão Europeia, em julho de 2013, com o voto favorável de Portugal.

“Há garantias e um mecanismo de observação que tem salvaguardado o bacalhau [destinado a Portugal] que é esmagadoramente importado da Noruega”, declarou a ministra à Agência Lusa, adiantando que vai ser criada uma lista de empresas certificadas pelas entidades islandesas e que respeitam a cura tradicional portuguesa. “Os nossos importadores sabem que estão salvaguardados”, salientou.

Em dezembro de 2013, Assunção Cristas assinou um acordo sem prazo com a sua homóloga norueguesa, Elisabeth Aspaker, para garantir a cura tradicional no bacalhau vendido a Portugal.

Os polifosfatos são um aditivo químico que retém a humidade do peixe, sendo a sua utilização contestada pela Associação dos Industriais do Bacalhau que alega que estes fazem aumentar o tempo de cura, implicando um agravamento dos preços. Para além disso, modificam a textura, a cor e o sabor do bacalhau. O Governo português começou por assumir uma posição contrária ao uso de polifosfatos, mas acabou por dar a sua aprovação à proposta.

Na altura, Assunção Cristas justificou que o Governo “trabalhou arduamente” para transformar a proposta inicial e deu-se por satisfeito com a introdução de regras mais estritas de rotulagem e com a monitorização do regulamento nos primeiros três anos de aplicação.

A ministra começou, na segunda-feira, um roteiro que incluiu a Noruega e a Islândia, com o objetivo de captar investimento estrangeiro para a aquacultura e exploração de recursos minerais subaquáticos.

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