O ministro da Educação assumiu hoje na Covilhã que, no fecho de escolas, “as coisas não podem ser feitas exatamente como no papel” e prometeu que o processo será conduzido em diálogo, tendo em conta a situação de cada local.
“Claro que nós percebemos que, em alguns casos, as coisas não podem ser feitas exatamente como no papel e no lápis parecem melhor. Temos de ter em conta as situações locais e é isso que estamos a fazer”, garantiu o ministro, em declarações aos jornalistas.
Nuno Crato falava na Covilhã, onde foi recebido por várias dezenas de manifestantes que, entre palavras de ordem e muitos assobios, protestaram contra o encerramento de escolas no concelho.
“A educação é um direito, sem ela nada feito” era uma das frases ouvida no megafone do protesto.
No local, além de sindicalistas, estiveram também pais vindos da localidade de Vales do Rio e os presidentes de junta que, pela manhã, se tinham “barricado” nas juntas de freguesia como forma de protesto.
O ministro, que chegou acompanhado pelo ministro-adjunto do Desenvolvimento Regional, Poiares Maduro, não evitou o local e, apesar dos apupos dos manifestantes, aceitou dois envelopes com documentos que explicavam os argumentos do protesto, um dos quais entregue pelos presidentes de junta com quem acedeu falar.
“Agora mesmo vou falar com os senhores presidentes das juntas de freguesia que me vão transmitir algumas preocupações”, disse o ministro Nuno Crato aos jornalistas.
O governante assumiu o compromisso de que o processo será encaminhado em “diálogo com as câmaras, com as juntas de freguesia, com os professores, com os agrupamentos de escola”, mas ressalvou que a política do Ministério da Educação e deste Governo é a de que “o interesse dos alunos será posto em primeiro lugar”.
Nuno Crato defendeu ainda que “alunos que estão numa escola pequena, muito pequena, não têm as mesmas condições que outros que estão em centros escolares, onde existem recintos desportivos, professores de música, atividades complementares e turmas por ano de escolaridade”.