Filipe Albuquerque correrá no terceiro Audi R18 da equipa oficial da marca alemã, juntamente com o italiano Marco Bonanomi e o britânico Oliver Jarvis. O carro número 1 da equipa será pilotado pelo dinamarquês Tom Kristensen, conhecido por “Sr. Le Mans” e vencedor em 2013, o brasileiro Lucas Di Grassi e o espanhol Marc Gené, em substituição do francês Löic Duval, que sofreu um acidente a 270 km/hora nos treinos livres de quarta-feira.

Os portugueses Álvaro Parente (Ferrari 458 Italia) e Pedro Lamy (Aston Martin Vantage V8) também participam em duas categorias menores: LM GTE Pro e LM GTE Am, respetivamente.

Vencedora no ano passado (a 12.ª vitória da marca), a Audi enfrenta este ano forte concorrência na categoria principal (LMP1) por parte da Toytota, que tem dado excelentes indicações no Mundial de Resistência, e da Porsche, que regressa a Le Mans depois de 16 anos de ausência (ganhou em 1998).

Dos nove carros na categoria principal, sete são híbridos (combinando motores diesel ou a gasolina e motor elétrico) de alta tecnologia, atingindo velocidades de 330 km/hora nas longas retas de Le Mans. O circuito de La Sarthe (com uma extensão de 13,6 km), aliás, tem “chicanes” em espaços intervalados das retas para limitar a velocidade de ponta.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“Depois das centenas de quilómetros ao volante do R18, sinto-me completamente à vontade com a máquina. Fisicamente preparei-me exaustivamente para aguentar turnos de 3 ou 4 horas ao volante sem perder a rapidez e a concentração. É sempre um desafio ultrapassar as categorias mais lentas, principalmente a velocidades acima dos 300km/h, mas penso que a corrida de Spa, o teste da semana passada e as corridas do European Le Mans Series me prepararam também bem para isso”, considerou o Filipe Albuquerque, o único estreante na equipa da Audi.

Também o piloto portuense Álvaro Parente faz a estreia em Le Mans, mas num Ferrari 458 Italia da classe LM GTE Pro. “A classe GTE Pro é uma das classes mais competitivas em pista – com equipas de fábrica – e nós somos uma formação privada. No entanto, estamos convencidos que não será um problema. […] Queremos andar depressa, imiscuir-nos entre as equipas oficiais e alcançar um bom resultado, mas antes mais de mais temos que terminar”, afirmou.

Já Pedro Lamy quer repetir a vitória a vitória de 2012 na categoria LM GTE Am. “A corrida será certamente muito renhida. Os nossos adversários dispõem de máquinas também muito competitivas, pelo que teremos que dar o máximo ao longo de toda a prova. Será como uma corrida de ‘sprint’, mas com 24 horas de duração. Teremos que ter um carro rápido, mas ao mesmo tempo fiável e tentar não ter qualquer problema”, disse o piloto oficial da Aston Martin.

As 24 Horas de Le Mans também constituem a terceira prova (num total de oito) do Campeonato do Mundo de Resistência (a Toyota ganhou as duas primeiras, as 6 Horas de Silverstone e as 6 Horas de Spa-Francorchamps).