O ex-ministro socialista Jorge Lacão e apoiante de António Costa à liderança do PS considera que a decisão da Comissão de Jurisdição Nacional do PS em rejeitar o pedido para a realização de um congresso extraordinário justifica a “urgência” da realização do mesmo para rever estatutos que “bloqueiam a democracia interna partidária”. Os seguristas já vieram dizer que estas declarações apenas mostram o “frenesim” e a “agitação” dos apoiantes de António Costa.

“Não deixa de ser muito estranho que quem reivindica a legitimidade de eleições antecipadas para o país se abrigue atrás de regras estatutárias para impedir o partido de exprimir abertamente a sua vontade”, criticou Jorge Lacão após ser conhecida a decisão da Comissão de Jurisdição Nacional do PS. Lacão alega que esta decisão mostra a “urgência” da realização do congresso extraordinário para rever os estatutos.

Já António Galamba, membro do Secretariado Nacional do PS e apoiante de Seguro, considera que estes comentários dos apoiantes de Costa demonstram “frenesim” e “agitação”. “Os estatutos com estas regras existem há décadas e serviram para o funcionamento do partido com vários secretários-gerais. A direita [PSD/CDS] também diz que a Constituição não serve e até quer mudar os juízes do Tribunal Constitucional quando as decisões não são de acordo com os seus interesses”, disse o dirigente socialista, criticando a posição de Lacão.

O apoiante de Costa deixou claro que esta recusa do órgão jurisdicional do partido não vai demover as intenções desta fação do PS já que, na sua opinião, os atuais estatutos servem “para impedir as opções democráticas que o PS precisa de fazer”. “E este é o objetivo que não fará desistir (bem pelo contrário) todos aqueles que não se contentam com pequenas vitórias, mas assumem a responsabilidade de gerar as condições para a formação futura de um Governo forte e capaz de mobilizar os portugueses para soluções positivas e de congregação de vontades”, acrescentou Lacão.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR