O secretário-geral do PCP mostrou-se esta quarta-feira contrário àquilo que considera ser uma “política de ataque à escola pública” por parte do Governo da maioria PSD/CDS-PP, depois de uma reunião com responsáveis da Federação Nacional de Professores (FENPROF).

“Este Governo não resolve nenhum dos problemas sociais e está a tentar aquele objetivo supremo da privatização da escola pública, atingindo os principais atores, os professores, que têm visto retrocessos inaceitáveis no plano das suas carreiras, salários e direitos”, afirmou Jerónimo de Sousa à saída da sede lisboeta da organização sindical.

O líder comunista lamentou que “o Governo, mais uma vez, se prepare para, na época de verão, continuar a política de ataque à escola pública”.

O secretário-geral da FENPROF, Mário Nogueira, comparou a proposta de municipalização das escolas por parte do Governo como dois assaltantes que “dividem o bolo”, uma vez que é calculado o preço de cada docente em 25 mil euros e caberá a cada autarquia 12.500 por cada “professor abatido”, com as negativas consequências pedagógicas.

Jerónimo de Sousa destacou “problemas de fundo” como “a ameaça de encerramento de escolas do primeiro ciclo, mais de 300, e a falta de resposta no apoio às crianças que necessitam de acompanhamento especial”.

 

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