Moral da primeira história: em Portugal, o conjunto das compras chegaram aos 37 milhões de euros. Agora, vamos à outra. Se unirmos a Premier League (300 milhões), a La Liga (189 milhões), a Série A (122 milhões) e a Bundesliga (166 milhões), a quantia já vai nos perto dos 777 milhões de euros.

É muito. Mesmo. E basta olhar para o caso de Luis Suárez, avançado uruguaio que o Barça contratou por 81 milhões de euros. Para o conseguir — ou para não agravar mais um desequilíbrio nas contas –, os blaugrana venderam Alexis Sánchez ao Arsenal por 42 milhões de euros, e Cèsc Fabregas ao Chelsea de José Mourinho, a troco de 33 milhões. A compra do dentudo uruguaio, porém, não foi a única — antes, o clube já tinha dado as boas-vindas a Ivan Rakitic, pensador loiro e croata, por 18 milhões, e, só em guarda-redes, gastou outros 24 milhões (o chileno Claudio Bravo e o alemão Marc-André Ter Stegen).

Por Espanha, o Real Madrid continua tranquilo, mas já se tem falado muito de Toni Kroos, alemão que, pelos vistos, Pep Guardiola está disposto a deixar fugir do Bayern de Munique. Lá, ao campeão germânico, já chegou Juan Bernat, ex-defesa/médio do Valência, ao estilo de Jordi Alba, por quem os bávaros pagaram 10 milhões de euros. No outro lado de Madrid completa-se este ciclo vicioso — o Atlético, campeão espanhol, contratou Mario Mandzukic ao Bayern, por 22 milhões de euros, após lucrar 38 milhões com a venda de Diego Costa ao Chelsea.

Na Alemanha, já se sabia que Robert Lewandoski ia aterrar no Bayern e que, no Borussia Dortmund, o seu substituto ia ser Ciro Immobille, do Torino. Ou Adrián Ramos, do Hertha de Berlim, ambos já contratados. De resto, além da chegada de Bernat ao Bayern, não se tem passado muito. O clube da capital foi buscar o ambidestro Valentin Stocker ao Basileia (3,5 milhões), enquanto Josip Drmic, outro suíço (que até marcou neste Mundial), trocou o Nuremberga pelo Bayer Leverkusen (6,8 milhões). E Tim Matavz, gigante esloveno que o Benfica chegou a estar interessado, na época passado, chegou ao Augsburgo, vindo do PSV (4 milhões).

Só ficam a faltar Itália e Inglaterra. A par da chegada de Sánchez ao Arsenal e das compras do Chelsea, o Manchester United foi buscar Ander Herrera ao Atlhetic Bilbao e Luke Shaw ao Southampton (no total, 73 milhões de euros). Ao Liverpool chegaram Emre Can (vindo do Bayer Leverkusen, por 12 milhões), Adam Lallana e Rickie Lambert (ambos do Southampton, por 31 e 6 milhões). Diz-se que Divock Origi, avançado de 19 anos que esteve com a Bélgica no Mundial, pode ser o próximo a chegar. Ao Manchester City, destaque para a compra de Willy Caballero, antigo guarda-redes do Málaga.

Em Italia, é a Roma que tem levado a coisa mais a sério. Antes de ir a Londres resgatar Ashley Cole, os giallorossi deram 4,75 milhões de euros ao Fenerbahce pelo empréstimo de Salih Ucan, médio com cabelo à David Luiz. Isto a par das chegadas de Emanuelson, vindo do AC Milan, e de Seydou Keita, veterano dos tempos de Guardiola no Barça. Depois, o Inter de Milão deu um milhão de euros à Roma para ficar com Dodô, um lateral esquerdo brasileiro, e recebeu Nemanja Vidic, vindo do Manchester United, e Yann M’Vila, do Rubin Kazan.

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