“Nem todos alemães acreditam em Deus, mas todos acreditam no Bundesbank [banco central da Alemanha]”. A frase é de Jacques Delors, antigo presidente da Comissão Europeia, mas neste fim de semana ganha toda uma nova roupagem.

Camisas desapertadas para ouvir bandas a tocar música dos anos 70 e 80, levar as crianças para brincar no parque e aproveitar os jogos onde se tentam ultrapassar obstáculos, não com crocodilos ou outro animal feroz, mas com eventos económicos como um grande choque nos preços do petróleo, conta o Wall Street Journal.

O Bundesbank deixou a formalidade de lado durante dois dias e, pela primeira vez, abriu as portas da fortaleza que usa como sede em Frankfurt para um festival que batizou de Bubapalooza.

Jens Weidman, governador do banco central, é normalmente conhecido pela falta de flexibilidade na defesa das políticas de austeridade e na sua oposição às medidas não convencionais de política monetária do Banco Central Europeu, também deixou (alguma) formalidade e juntou-se ao festival.

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Entre outras imagens inéditas, Jens Weidman aparece a comer um gelado da marca Bundesbank e com a inscrição “do nosso cofre gelado”.

A entrada é grátis e os visitantes até têm oportunidade de tocar numa das barras de ouro do banco central, ouvir o coro do Bundesbank, e pelo meio… ouvir palestras sobre a importância de evitar crises financeiras, reforçando o sistema financeiro.

President of the Deutsche Bundesbank (German Central Bank) Jens Weidmann poses for a photo with a fake gold bar during an open day event "Einblick in die Bundesbank" (Insight into Germany's Central Bank) for the press at the bank's headquarters in Frankfurt am Main, Germany, on July 11, 2014. Germany's Central Bank is open to the public from July 12 to 13, 2014. AFP PHOTO / DANIEL ROLAND

Nem tudo é brincadeira, e o objetivo do banco central também não é só fazer uma festa, mas sim reforçar a imagem positiva e o apoio de que goza junto do povo alemão.

Para isso, Jens Weidman vai também apresentar algumas das sessões abertas ao público, onde os participantes poderão fazer perguntas ao governador do banco central.