A publicação de vários indicadores macroeconómicos sobre a evolução da zona euro deverão atrair as atenções dos investidores, ditando assim o comportamento dos mercados bolsistas na última semana de agosto.

Já na segunda-feira, será divulgado o indicador de sentimento empresarial alemão IFO que deve revelar degradação de confiança em agosto, segundo a análise feita à Lusa pelo analista de mercados do Millennium investment banking, Ramiro Loureiro.

Em Portugal, a Espírito Santo Saúde (ESS) divulga os resultados semestrais, o que poderá influenciar o comportamento da praça portuguesa, quase uma semana depois de o Grupo mexicano Angeles ter lançado uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) voluntária sobre o capital da ESS, oferecendo 4,30 euros por cada ação, acima do valor de mercado. Espera-se que a administração da ESS, que tem oito dias corridos para se pronunciar sobre a OPA, assuma entretanto uma posição.

Ainda na segunda-feira, a Markit apresenta valores preliminares dos índices PMI, que sinalizam o ritmo de crescimento da atividade na indústria e serviços norte-americanos em agosto. Espera-se igualmente que as vendas de casas novas nos Estados Unidos tenham registado uma variação mensal de 4,7%. A London Stock Exchange estará encerrada.

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No dia seguinte, serão reveladas as encomendas de bens duradouros nos Estados Unidos, que devem ter aumentado 7,5% em julho, o índice de preços de casas S&P CaseShiller, esperando-se uma subida homóloga de 8,15% em junho e a confiança dos consumidores do Conference Board, que deve apontar uma descida em agosto, segundo Ramiro Loureiro.

Na quarta-feira, o dia será fraco em indicadores, destacando-se apenas os dados do Gfk que antecipa a confiança dos consumidores alemães para setembro.

Na quinta-feira, o foco deverá estar na zona euro. Em Espanha é conhecido o valor final do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre, com os últimos dados a apontarem uma expansão sequencial de 0,6%, e a inflação homóloga de agosto, estimando-se uma deflação de 0,6%. Na Alemanha, a taxa de inflação homóloga deverá fixar-se nos 0,8%.

Quanto aos indicadores de confiança em diversos setores de atividade na zona euro, Ramiro Loureiro antecipa que estes devem ter recuado em agosto. A segunda estimativa do PIB norte-americano do segundo trimestre também ditará o comportamento dos mercados bolsistas, e deve apontar uma expansão sequencial à taxa anualizada de 3,9%. Será igualmente revelado o número de vendas de casas pendentes – estimando-se um aumento de 0,5% no número de contratos promessa – e a variação semanal de novos pedidos de subsídio de desemprego.

Por fim, no último dia de funcionamento dos mercados no mês de agosto, é esperada uma subida mensal de 0,2% nas vendas a retalho na Alemanha em julho, a manutenção nos 11,5% da taxa de desemprego na zona euro em julho e o valor preliminar da inflação homóloga na região em agosto, que deverá fixar-se nos 0,8%. Em Portugal são divulgados dados de produção industrial e vendas a retalho.

Nos Estados Unidos, espera-se um aumento de 0,3% no rendimento pessoal e de 0,2% na despesa pessoal em julho, enquanto o Chicago PMI deve sinalizar aceleração do ritmo de expansão da atividade industrial em agosto e a Universidade do Michigan confirmar uma descida da confiança dos consumidores em agosto. Alemanha, França, Espanha e Itália realizam leilões de dívida pública.