A polícia moçambicana desmantelou uma rede de traficantes de marfim responsável pela morte de pelo menos 39 elefantes, anunciou esta quinta-feira a organização não-governamental que gere o parque nacional de Niassa, no norte do país.

Seis suspeitos, moçambicanos e tanzanianos, foram detidos na reserva de Niassa durante o fim de semana, indicou a Wildlife Conservation Society (WCS), que considera a operação um golpe simbólico contra o tráfico de marfim na região, fronteiriça da Tanzânia. Foram apreendidas 12 presas, no valor de 115.000 euros.

Dados de 2011 indicavam que o parque Niassa contava com 12.000 elefantes, mas a WCS calcula que os caçadores furtivos tenham matado cerca de 1.000 no ano passado e 500 já este ano. No total, entre 67 mil e cem mil elefantes foram mortos em África nos últimos três anos, de acordo com diferentes fontes.

A caça furtiva permaneceu impune em Moçambique durante muito tempo, mas em junho foi aprovada legislação mais repressiva, que prevê até 12 anos de prisão para os caçadores clandestinos.

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