Portugal podia ter ficado com a pasta do Emprego se Pedro Passos Coelho tivesse indicado para a equipa de Jean-Claude Juncker José Silva Peneda em vez de Carlos Moedas.
Segundo disse a ex-líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, na TVI24 e confirmou esta sexta-feira o próprio Silva Peneda ao DN e Público, a escolha de Moedas inviabilizou uma pasta mais importante em Bruxelas para Portugal.
“No princípio, aquilo que se achava importante é que iríamos ter a pasta do Emprego e dos Assuntos Sociais. Essa era uma pasta realmente importantíssima. Só que essa pasta não era propriamente destinada a Portugal. Era destinada a um português. Era o dr. Silva Peneda”, afirmou Ferreira Leite, quinta-feira à noite na TVI24. “A partir do momento em que o Governo, com certeza por motivos de natureza nobre, entendeu que o dr. Silva Peneda não servia para aquele lugar, evidentemente que a pasta não era para Portugal. Portanto, perdemos essa pasta”.
Ao DN, o atual presidente do Conselho Económico e Social afirmou que “Manuela Ferreira Leite é geralmente uma pessoa bem informada” e que “o dr. Passos Coelho é que decide, tem toda a legitimidade para isso. Não me quero meter em bicos de pés.”
Na sua intervenção, Manuela Ferreira Leite analisou com ironiao facto de Carlos Moeda ter ficado com a pasta de investigação e ciência, uma vez que “foi um setor causticado pela política” do atual Governo.