Após a morte por ébola de uma assistente, Bernice Dahn, representante do Ministério da Saúde da Libéria, decidiu colocar-se a si própria e ao pessoal do gabinete de quarentena, noticiou este sábado a Associted Press. A oficial de saúde seguiu a recomendação dada a todas as pessoas que tenham estado em contacto com um doente com ébola – ficar de quarentena durante 21 dias, o período que se assume de incubação da doença.

Embora 21 dias seja o período de quarentena recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), Jorge Atouguia, especialista em doenças infecciosas e medicina tropical, alerta que a estirpe que causou o surto que afeta atualmente a Libéria pode ter um período de incubação maior, até 25 dias.

Bernice Dahn assegurou à Associated Press que ainda não tem nenhum dos sintomas típicos da infeção pelo vírus ébola, mas quer garantir que não se encontra doente. Os sintomas podem facilmente ser confundidos com sintomas gripais, como febre, fadiga, dores musculares ou de cabeça, aos quais se seguem sintomas mais severos como falência dos rins e do fígado e hemorragias.

Os últimos dados divulgados pela OMS esta sexta-feria revelam que em dois dias morreram mais 150 pessoas na Libéria. No início do mês, a mesma organização revelava que mais de 300 profissionais de saúde tinham sido infectados com ébola na Guiné-Conacri, Libéria e Serra Leoa e que quase metade tinha morrido.

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