Converter Moçambique num país pioneiro no combate à malária é o objetivo de uma nova iniciativa apresentada hoje em Barcelona pela ‘Obra Social La Caixa’ e pela ‘Bill & Melinda Gates Foundation’.
Com uma duração inicial de cinco anos o projeto terá um financiamento de 10 milhões de euros, cinco de cada uma das entidades, e será coordenado pelo médico espanhol Pedro Alonso, que desde o início do ano lidera o Programa Global de Malária da Organização Mundial de Saúde (OMS).
O objetivo do programa é conseguir eliminar até 2020 a malária no sul de Moçambique, onde segundo os organizadores, se concentram mais de 80% dos casos e morrem anualmente 18 mil pessoas.
Alonso disse hoje na apresentação em Barcelona que o programa “atacará o grave problema da malária de vários ângulos, procurando acabar com os mosquitos através do uso de redes mosquiteiras com inseticida e da fumigação das casas.
Serão ainda tratados todos os que não tenham sintomas mas sejam portadores do parasita para evitar que a doença se continue a propagar, melhorando assim o sistema de saúde moçambicano, explicou.
O responsável da unidade da OMS disse que a novidade deste acordo é que em vez de planos para controlar a doença “agora há uma estratégia para a eliminar para sempre”.
Além do sul de Moçambique a iniciativa será posteriormente alargada para reforçar os programas contra a malária em oito outros países do sul de África.
Participaram na apresentação de hoje, além de Alonso, o diretor-geral da Fundação La Caixa, Jaume Giro, o presidente do Programa de Desenvolvimento Global da Fundação Bill & Melinda Gates, Christopher Ellias, e o presidente do CaixaBank, Isidre Faine.
Para Jaume Giró, a eliminação da Malaria é “um sonho, mas cada vez mais possível e real”.