Ponto final nas especulações e nos rumores. Sebastian Vettel vai abandonar a Red Bull, equipa à qual está ligado há 15 anos, e vai juntar-se à Ferrari a partir da próxima época, avançou a Sky Sports. A confirmação chegou sexta-feira por Christian Horner, o chefe da equipa austríaca, que informou ainda que o alemão será substituído pelo russo Daniil Kvyat, que está na Toro Rosso, a segunda escuderia da Red Bull.

“Estou a abandonar um lugar [onde fui] muito, muito feliz e por isso é sempre difícil, mas há um momento na tua vida que sentes que queres fazer algo novo e diferente”, explicou o piloto em transito para a Ferrari à Sky Sports. “Esse sentimento foi crescendo e levou-me a decidir abandonar a Red Bull e seguir para começar um novo capítulo.”

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A decisão foi comunicada pelo piloto ontem, sexta-feira. “Seb foi piloto da Red Bull por 15 anos, como piloto júnior e como piloto de F1, por isso ele teve de pensar muito bem nisto”, explicou Horner. Ele informou-nos ontem e obviamente teve as razões dele para tal. Não acredito que tenha tomado esta decisão de ânimo leve e foi obviamente muito emocional quanto a isto. Mas se é o desejo dele estar noutro lado, então não temos o direito de nos colocarmos no caminho.”

Vettel, natural de Heppenheim, tem 27 anos e foi campeão do mundo quatro vezes ao volante do Red Bull (2010, 2011, 2012 e 2013). A primeira vitória na F1 foi ao serviço da Toro Rosso, no Grande Prémio de Monza em 2008. A referência no mundo do desporto automóvel é, sem surpresa, Michael Schumacher, que deixou uma marca profunda na Ferrari, o próximo destino de Vettel.

Ficam alguns pontos de interrogação quanto à ocupação das vagas depois destas mexidas. A Toro Rosso fica com um espaço em aberto, que poderá voltar a ser discutido pelo português António Felix da Costa, que está este ano a competir no DTM. Carlos Sains Jr., o filho de Carlos Sainz, poderá ser outra hipótese.

Fernando Alonso, atualmente na Ferrari, que estará insatisfeito com a performance do carro, poderá estar a caminho da McLaren, mas esta ideia ainda não passa de um rumor. Se não for o espanhol a sair, terá de ser necessariamente Kimi Räikkönen. Ou então a proposta de Bernie Ecclestone, de cada equipa ter três carros, em resultado do desaparecimento de escuderias mais frágeis, poderá ser colocada em marcha. Resta esperar.