Os acionistas da sociedade Parque Expo nomearam, em assembleia geral, na tarde de segunda-feira, uma comissão liquidatária e decidiram que o processo de dissolução da empresa deve ocorrer, no máximo, em dois anos. Num comunicado enviado à agência Lusa, lê-se que foi “deliberada a dissolução da sociedade e a sua entrada em liquidação, devendo a mesma encontrar-se concluída no prazo máximo de dois anos”.

Os acionistas designaram ainda a comissão liquidatária, que lhes deverá submeter “uma proposta de plano de liquidação no prazo de um mês”. John Michael Crachá do Souto Antunes (presidente) e João Manuel Pereira Afonso (vogal) são os membros desta comissão. Na assembleia geral, os acionistas aprovaram também, por unanimidade, o relatório de gestão e as contas individuais e consolidadas relativas a 2013.

Foi ainda aprovada a “proposta de aplicação de resultados, prevendo que o resultado líquido do exercício de 2013 apurado nas contas individuais, no montante de -13.799.260,80 euros, seja transferido para a conta de resultados transitados”.

A extinção da Parque Expo foi anunciada em 2011 pela então ministra do Ambiente Assunção Cristas, tendo a governante afirmado que aquela sociedade “cumpriu a sua função e agora resta a extinção”, já que a gestão urbana passou para a Câmara de Lisboa e o Pavilhão Atlântico foi vendido a privados. Em dezembro de 2013, o ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, fez saber que a extinção da empresa pública, prevista acontecer até ao final desse ano, só iria ocorrer durante 2014.

“A liquidação de uma empresa é sempre muito difícil. O conselho de administração da Parque Expo conseguiu passar de 200 para 98 pessoas [funcionários] e isso foi realizado num contexto de uma grande paz social e com opções eficientes do ponto de vista económico, mas não é uma opção simples liquidar uma empresa de um momento para o outro. Não foi possível liquidar ainda este ano, será liquidada durante o próximo ano”, justificou Jorge Moreira da Silva, sem no entanto avançar uma data concreta para a sua extinção.

O governante acrescentou que, até à sua liquidação, as equipas técnicas da Parque Expo vão continuar a apoiar as Sociedades Polis (Polis Litoral, que incide sobre a Ria Formosa, no Algarve, Litoral Norte, Ria de Aveiro e Litoral Sudoeste), uma vez que a “reabilitação e regeneração do Litoral é a grande prioridade orçamental do Ministério do Ambiente para 2014”. O investimento previsto é de 300 milhões de euros, sendo que 80% desse valor advém de fundos comunitários.

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