O presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama, ordenou hoje que se realize “o mais rápido possível” uma investigação à “aparente” falha nos protocolos de controlo de infeção que originou o contágio de uma enfermeira com Ébola.
De acordo com um comunicado divulgado pela Casa Branca, Obama falou por telefone com a secretária de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, Sylvia Burwell, sobre o contágio que ocorreu no hospital de Dallas, no Texas, onde faleceu um liberiano infetado.
De acordo com o comunicado, o presidente dos Estados Unidos pediu à responsável que se faça uma investigação aos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).
Obama pediu ainda que as autoridades federais de saúde tomem medidas adicionais “imediatas” para garantir que os hospitais e os fornecedores de cuidados de saúde em todo o país estejam “preparados” para seguir os protocolos adequados no tratamento do vírus.
Os funcionários dos CDC enviados a Dallas vão trabalhar com as autoridades locais e estatais para rever os procedimentos de controle de infeções no hospital afetado, e o uso de equipamentos de proteção por parte dos funcionários.
As autoridades sanitárias ainda vão realizar um segundo teste para confirmar se a enfermeira, cuja identidade não foi revelada, está efetivamente contaminada com Ébola.
A enfermeira trabalhava no centro hospitalar Texas Health Presbyterian, de Dallas, onde foi tratado o liberiano Thomas Eric Duncan, internado a 28 de setembro e que veio a falecer a 04 de outubro.
“Ignoramos o que se passou durante o tratamento do paciente, mas a dado momento houve uma falha no protocolo de segurança que causou o contágio”, disse hoje Thomas Frieden, diretor dos CDC, numa conferência de imprensa.
A paciente está “estável, apresenta sintomas ligeiros e uma febre baixa”, acrescentou.
As autoridades estão a vigiar 48 pessoas que contactaram com Duncan durante a hospitalização, e também estão a tentar descobrir quem esteve em contacto com a enfermeira agora infetada.
Trata-se do segundo caso de contaminação fora continente africano, depois de Teresa Romero, uma auxiliar de enfermagem de 44 anos ter sido infetada ao tratar um missionário que morreu depois de ter sido repatriado da Serra Leoa para Espanha.