Pais, alunos, professores e funcionários manifestam-se hoje um pouco por todo o país em frente às escolas onde continuam a faltar professores para exigir que não haja “Nem mais um dia sem aulas”.

Na página de Facebook, através da qual a organização vai coordenando o protesto, mais de seis centenas de pessoas e associações já aderiram à iniciativa “Nem mais um Dia sem aulas”, que se realiza entre as 19h30 e as 20h30.

Os contestatários exigem que a situação nas escolas seja resolvida, lembrando que as aulas já começaram há cinco semanas e continuam a existir alunos sem professores.

Os autores da iniciativa classificam a situação como a “mais caótica abertura de ano letivo de que há memória”.

Uma das participantes da iniciativa é Belardina Vaz, professora precária desde 1999, que conseguiu este ano um horário de 14 horas na escola D. Pedro V, em Lisboa.

Todos os dias, desde que começou o ano letivo, Belardina chega à escola e vê alunos sem aulas, por falta de professor de História, a disciplina que ministra. “Acho incrível que eu esteja ali disponível e com um horário reduzido e a direção da escola não me possa requisitar para dar aulas aos alunos que estão sem professor há cinco semanas”, criticou.

Para os manifestantes o problema poderia ser facilmente resolvido: “Bastava o ministério decidir preencher as vagas colocando os professores pela lista de graduação nacional e o problema resolvia-se em dois dias”, defendeu Belardina Vaz, acrescentando que os professores já colocados deverão manter-se ao serviço e os que foram erradamente colocados deverão ficar para reforçar as necessidades das escolas.

Já aderiram ao protesto, o professor Santana Castilho, o presidente da Associação Nacional de Professores Contratados (ANVPC), Arlindo Ferreira, autor do blogue de Ar Lindo, Paulo Guinote, do blogue A Educação do Meu Umbigo, dirigentes sindicais e representantes de associações de pais.

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