A Impresa anunciou um lucro consolidado de 5,6 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, o que traduz um crescimento de 109,9% em relação a igual período do ano passado. A holding que controla a SIC e o Expresso registou um crescimento das receitas de 2,2%, impulsionado pela retoma do investimento publicitário que progrediu 5,4% face aos primeiros nove meses de 2013.

A travar um crescimento mais forte das receitas esteve a descida dos proveitos gerados pelos concursos televisivos com participação telefónica. Ainda assim, a televisão foi a responsável pelo aumento das receitas de publicidade que cresceram 8,4% no terceiro trimestre de 2014. A SIC chegou a Setembro com um resultado antes de impostos de 17,1 milhões de euros para uma receita de 129,6 milhões de euros.

A contrariar a retoma do investimento publicitário esteve a imprensa onde as receitas caíram 6% nos primeiros nove meses do ano. O negócio continua a ser penalizado pela descida das vendas, com as receitas de circulação a baixarem 6,8%. Esta queda foi travada no terceiro trimestre, sobretudo devido ao contributo do Expresso Diário para as vendas digitais. O resultado destes segmento foi negativo em 182 mil euros até Setembro, apesar de positivo no terceiro trimestre.

17 mil compram Expresso Diário

O segmento digital atingiu 26 mil clientes em Setembro, o que representa um crescimento de 41,8% face ao mesmo mês do ano passado. O Expresso Diário, disponível apenas online, registou no terceiro trimestre um número médio de 17 mil compradores e segundo a Impresa é a publicação líder em vendas digitais.

Num comentário aos resultados, o presidente executivo (CEO), Pedro Norton, sublinha a aposta na melhoria dos resultados líquidos e operacionais, bem como na desalavancagem financeira que “permitiram à Impresa reduzir nestes nove meses a sua dívida para o valor mais baixo dos últimos dez anos”, de 188,7 milhões de euros. Para o final do ano, Pedro Norton prevê a continuação do crescimento do investimento publicitário, embora admita que não seja suficiente para compensar a quebra das receitas com concursos telefónicos.

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