O presidente da Comissão para a Ética, Cidadania e Comunicação do Parlamento quer criar um Prémio Nelson Mandela, a atribuir no dia da libertação do líder sul-africano, para distinguir pessoas e instituições em Portugal.

Segundo disse à Lusa o próprio deputado Mendes Bota – cuja proposta será apreciada em comissão na terça-feira –, o Prémio Nelson Mandela – Portugal destinar-se-á a premiar pessoas e instituições, com 5.000 e 10.000 euros, respetivamente, que se destaquem por “projetos de interculturalidade e integração das comunidades imigrantes, sobretudo envolvendo os jovens”.

O deputado social-democrata recordou que a Comissão para a Ética, Cidadania e Comunicação da Assembleia da República tem, entre as suas atribuições, a integração dos imigrantes e a promoção da diversidade e da interculturalidade.

Em reconhecimento da contribuição de Nelson Mandela para a paz e a liberdade, a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou, em dezembro de 2009, que o Dia Internacional Nelson Mandela seria assinalado a 18 de julho, dia do aniversário do ex-presidente da África do Sul, que morreu a 05 de dezembro de 2013.

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A ideia do Prémio Nelson Mandela – realçou o deputado Mendes Bota – foi “criar um novo facto”, desta vez em torno do dia da libertação do ativista negro, a 11 de fevereiro de 1990, após cumprir 26 anos na prisão, por combater o regime racialmente segregacionista do apartheid.

Nelson Mandela viria a ser eleito o primeiro presidente negro da África do Sul, em 1994, depois de, um ano antes, ter sido distinguido com o Nobel da Paz, juntamente com o presidente sul-africano da altura, Frederik de Klerk.

Se a comissão parlamentar aprovar, a primeira edição do Prémio Nelson Mandela – Portugal avançará ainda este ano, aceitando candidaturas até final de dezembro, referiu Mendes Bota.

O prémio, de periodicidade anual, será atribuído por um júri composto por um elemento de cada partido político com assento na comissão parlamentar, pelo Alto Comissariado para as Migrações e pela Embaixada da África do Sul em Portugal, acrescentou o deputado.