Apenas cerca de 700.000 casais chineses apelaram para ter um segundo filho, num número muito aquém do que o governo esperava quando decidiu aliviar a política de controlo da natalidade, no final de 2013.

E daquele número, apurado no final de agosto passado, só 620 mil obtiveram a necessária autorização, anunciou na quarta-feira a Comissão Nacional de Saúde e Planeamento Familiar.

Desde o início deste ano, os casais urbanos chineses em que um dos cônjuges é filho único podem apelar para ter um segundo filho.

Mais de onze milhões de casais estão nessas condições e de acordo com estimativas oficiais, o número de nascimentos deveria aumentar dois milhões ao ano.

A alteração à política de “um casal, um filho”, imposta há três décadas, visa contrariar o envelhecimento da sociedade e a redução da população ativa. Cerca de 150 milhões de chineses são filhos únicos.

Sem a drástica política de controlo da natalidade imposta no início da década de 1980, em vez de 1.350 milhões de habitantes, a China teria hoje 1.750 milhões (mais 400 milhões), argumentam as autoridades.

Mas em algumas cidades, a percentagem da população com mais de 60 anos (a idade da reforma para os homens) ultrapassa os 20% e, em 2020, chegará aos 30%. Em 2012, pela primeira vez, a população ativa da China diminuiu (cerca de 3,4 milhões em relação ao ano anterior).

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