Foi um engano. O banco de investimento Credit Suisse depositou acidentalmente 1,17 milhões de euros na conta de Joseph B. Galbraith, gestor de um fundo de investimento, em janeiro. Um mês depois, Galbraith desapareceu. O dinheiro também. E o Credit Suisse continua à espera.

A história é contada na imprensa internacional. Duas semanas depois de o banco ter feito a transferência, percebeu que se tinha enganado na transação. Na altura, o hedge fund, fundo que aposta em investimento de risco para obter rendibilidades elevadas, gerido por Galbraith estava a encerrar operações e não tinha saldo na conta que detinha com o Credit Suisse.

O banco suíço exigiu o dinheiro de volta, mas sem sucesso. Não lhe restou alternativa senão processar o gestor e a empresa Galbraith Capital Investment Management. A ideia parecia boa, não fosse o desaparecimento súbito de Joseph, em fevereiro, depois de ter enviado um email ao banco em que dizia que estava a tratar de resolver a situação e de devolver o dinheiro. “Não entrem em pânico por aí”, escreveu.

A 5 de fevereiro, o Credit Suisse entrou em contacto com o banco onde Galbraith detinha a conta e percebeu que o gestor tinha recusado a autorização para a transferência. O dinheiro não ia ser devolvido. A última vez que alguém ouviu falar do gestor, este estava em viagem, mais propriamente, a esquiar.

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Em 2011, Galbraith divorciou-se da primeira mulher e renunciou à cidadania norte-americana. Num email que trocou com a mulher, no âmbito do divórcio, chegou mesmo a dizer que “odiava” aquilo que o país representada, segundo o New York Times. Onde é que o gestor está a gozar os 1,17 milhões de euros que ganhou do dia para a noite? Provavelmente no Mónaco, diz quem o conhece. A acompanhá-lo estará a mulher com quem casou depois do divórcio.

Entretanto, houve um jornalista que conseguiu entrar em contacto com o gestor através de email. Este disse-lhe que não estava a par da ação judicial do Credit Suisse  e que as acusações eram “ridículas”. Não é a primeira vez que o gestor se encontra numa situação caricata. O hedge fund que geria tem outra batalha legal para travar com uma empresa tecnológica que reclama uma dívida de 102 milhões de euros, em honorários.