Uma escultura do suíço Alberto Giacometti da década de 1950 atingiu um novo recorde num leilão em Nova Iorque, ao ser vendida na terça-feira por quase 101 milhões de dólares (80 milhões de euros), foi hoje divulgado. A escultura de Giacometti, intitulada “La Femme au Chariot”, era uma das peças de arte moderna mais cobiçadas da venda pública.

Avaliada pela leiloeira ‘Sotheby’s’ em mais de 100 milhões de dólares, a obra foi vendida por 100,97 milhões de dólares, tornando-se na segunda peça mais cara do artista suíço alguma vez leiloada. A obra mais cara de Giacometti continua a ser a escultura “L’homme qui marche I” que foi vendida por 104,3 milhões de dólares (83,4 milhões de euros) pela Sotheby’s em 2010.

A peça agora vendida em Nova Iorque representa uma deusa em movimento sobre uma espécie de plataforma com duas grandes rodas e pretende simbolizar a renovação após a Segunda Guerra Mundial. A identidade do comprador da obra não foi revelada. Durante as últimas quatro décadas, a escultura esteve nas mãos de um colecionador particular.

O leilão promovido pela britânica ‘Sotheby’s’ em Nova Iorque, que também contou com obras de Monet, Modigliani e Van Gogh, atingiu um montante global de 422 milhões de dólares (cerca de 338 milhões de euros). O escultor suíço Alberto Giacometti nasceu em 1901, em Borgonovo, e morreu em 1965, em Chur.

Giacometti aderiu ao movimento surrealista entre 1930 e 1934, período em que produziu algumas obras fundamentais para a caracterização da escultura surrealista, como “L’Heure des Traces” (1930), “O Palácio às Quatro da Manhã” (1932) e “Mãos Sustentando o Vazio” (1934). Nos trabalhos realizados depois da Segunda Guerra Mundial, a figura humana protagoniza as suas pesquisas plásticas. Esta representação do corpo humano marca o período mais original de Giacometti.

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