O Ministério Público da Coreia do Sul pediu esta uma pena de 15 anos de prisão para o presidente da firma que operava o ferry Sewol, por considerar ser parcialmente responsável pelo naufrágio que fez mais de 300 mortos.

“Pedimos 15 anos de prisão para o arguido, tendo em conta a escala do desastre, o seu estatuto e responsabilidade nas causas”, disse o procurador Park Jae-Eok, referindo-se a Kim Han-Sik, CEO da Chonghaejin Marine Co., que está a ser julgado na cidade de Gwangju.

O Ministério Público também pediu penas de prisão efetiva de entre quatro e seis anos para dez outros arguidos que estão a ser julgados com Kim Han-Sik.

O Sewol, de 6.825 toneladas, transportava 476 pessoas a bordo, a maioria estudantes, quando se voltou e se afundou ao largo da costa sul a 16 de abril.

“Os executivos da Chonghaejin apenas procuraram ganhos comerciais, ignorando a segurança dos passageiros (…). Mostram pouco arrependimento e apenas para tentarem transferir a culpa para o outro”, afirmou Park Jae-Eok em tribunal.

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Kim Han-Sik, de 71 anos, é acusado nomeadamente de homicídio involuntário ao ter permitido que o barco excedesse, de forma rotineira, a sua capacidade de transporte e que o contentor de carga ficasse sem proteção no convés em violação das normas de segurança.

Kim Han-Sik negou as acusações, que incluem desvio de dinheiro, afirmando ser um mero assalariado às ordens do proprietário da empresa, Yoo Byung-Eun, que na sequência do desastre do ferry se tornou alvo de uma massiva caça ao homem.

O seu corpo, em avançado estado de decomposição, em junho, mas a autópsia falhou em determinar a causa da morte.

No mês passado, o Ministério Público pediu pena de morte para o capitão do barco, Lee Joon-Seok, por ter abandonado as mais de 300 pessoas que morreram no desastre.