O diretor-geral da Saúde, Francisco George, admitiu hoje que o surto de legionella, que já causou 160 infeções e quatro mortes confirmadas, possa estar “próximo do máximo”, explicando que só uma pequena percentagem das pessoas expostas ficarão doentes.

Em declarações aos jornalistas, o responsável afirmou hoje ao início da noite que “do primeiro dia para o segundo dia há uma triplicação [do número de casos], e deste último dia para hoje há uma duplicação”.

“O que quer dizer que poderemos estar – não quer dizer que estejamos – poderemos estar próximo do máximo, do pico deste processo. Mas não sabemos ainda”, referiu Francisco George, que falava aos jornalistas no final de uma reunião de emergência de quase cinco horas de diversas entidades para analisar o surto provocado pela infeção por legionella, bactéria que causa pneumonias graves.

O diretor-geral da Saúde explicou que noutros surtos registados na Europa, “muitas vezes, torres de refrigeração de unidades fabris ou de grandes espaços, nomeadamente comerciais, podem emitir gotículas que, desde que estejam contaminadas, podem ser inaladas e provocar uma infeção na árvore respiratória que está na origem da pneumonia”.

As autoridades esperam que surjam mais casos nas próximas semanas, mas o responsável sublinhou que “há milhares de pessoas expostas a este risco, mas só muito poucas ficarão doentes”, algo que é próprio desta doença.

Francisco George salientou que “o que é preciso é selar as fontes que podem representar mais risco” e, nesse sentido, “as principais torres de arrefecimento das unidades fabris da região [Vila Franca de Xira] foram seladas”, como anunciara minutos antes o ministro da Saúde, Paulo Macedo.

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