Lost in Translation, não o filme com que Sophia Coppola apaixonou os fãs de Scarlett Johansson em 2004, mas o livro que Ella Frances Sanders ilustrou para dar cor às palavras que, tão únicas na língua mãe, dificilmente se traduzem em inglês. “Kilig”, por exemplo, é o termo da língua tagalo, nas Filipinas, para designar as borboletas que os apaixonados sentem no estômago.
Em Lost in Translation: An Illustrated Compendium of Untranslatable Words from Around the World, há 50 desenhos de palavras intraduzíveis. Sabe que existe um termo norueguês que descreve a euforia de quem está a apaixonar-se? É “foresltek”. E “palegg”, também da Noruega, é tudo aquilo com que se pode barrar uma fatia de pão.
Beautifully untranslatable wordshttp://t.co/rec6O5Go9I pic.twitter.com/fYPA4yW19w
— Spontaneity (@spontaneity_art) November 24, 2014
Lembra-se de comprar um livro e arrumá-lo ainda com a leitura a meio? Os japoneses têm uma palavra para isso: “tsundoku“. E têm outra para quando encontram beleza na imperfeição e aceitam o ciclo da vida: “wabi-sabi“.
the sadness and promise of a wall of tsundoku – http://t.co/8KlhAYii7n pic.twitter.com/zObCn0Cn97
— patrick caldwell (@pcald29) November 25, 2014
“Aqui vai uma pequena história: no ano passado, escrevi um ‘post’ no meu blog para a ‘startup’ Maptia e os internautas tiveram uma reação inesperadamente selvagem sobre o assunto. Antes de ter tempo de fazer um chá, um editor do outro lado do Atlântico contactou-me e disse ‘Vamos fazer um livro’. E eu respondi ‘Ok, claro, isso parece-me maravilhoso”. E agora estamos aqui. Eu, você e um livro”, escreve a autora no site oficial do livro.
Just love thesehttp://t.co/c3mNdQ6Ifv pic.twitter.com/2nxIx4J0Cb
— Ruth McKee (@RuthMcKee) November 24, 2014
“Gurfa” é o termo alemão que designa a quantidade exata de água que cabe na palma de uma mão. E “fika” é o termo sueco que descreve quando as pessoas se reúnem para falarem e descansarem das rotinas do dia a dia, regra geral acompanhadas de um café.
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O livro de Ella Frances Sanders foi publicado ainda a artista não tinha feito 21 anos, segundo a Brain Pickings. Escritora, ilustradora, vive “intencionalmente em todo o lado, mais recentemente em Marrocos, no Reino Unido e na Suíça”, escreve Ella no site do livro. Pretexto certo para lembrar a escritora Virginia Woolf, quando disse que “as palavras pertencem umas às outras” – Words belong to each other.