A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) alertou nesta segunda-feira que o aumento do valor das contribuições e dos anos de desconto apenas resolvem “em parte” os problemas que os sistemas de pensões atravessam. “O aumento do valor das contribuições e dos anos de desconto resolve em parte os desafios que o envelhecimento da população suscita aos sistemas de pensões”, diz a entidade, que hoje divulgou o relatório “Panorama das Pensões da OCDE 2014”.

Para a organização, há vários elementos que devem ser efetivados para que os problemas de sustentabilidade nos sistema de pensões sejam ultrapassados, sendo que essencial é haver uma “conjuntura económica positiva” nos países. A “combinação de aumento de taxas de cobertura, níveis de contribuição e idade de reforma efetiva” também “potenciariam o papel complementar desempenhado pelas pensões privadas”, advoga a OCDE.

O documento hoje divulgado lembra ainda a exposição ao risco dos fundos de pensões à “incerteza relativamente às melhorias futuras ao nível da mortalidade e da esperança de vida”, com reguladores e decisores políticos a deverem “assegurar a utilização, por parte dos fundos de pensões e dos fornecedores de anuidades, de tabelas de mortalidade periodicamente atualizadas, que integrem as futuras melhorias ao nível da mortalidade e da esperança de vida”.

Os países, analisa a OCDE, estão a “acelerar o ritmo das reformas das pensões tendo em vista a estabilização quer da insustentabilidade da dívida pública, quer das despesas associadas às pensões públicas”. Em Portugal, a idade de reforma está atualmente nos 66 anos.

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