Um ex-gerente da Petrobras, Pedro Barusco, disse em tribunal, no final de novembro de 2014, que o tesoureiro do PT (Partido dos Trabalhadores, de Dilma Rousseff) João Vaccari Neto recebeu entre 150 a 200 milhões de dólares (entre 131 milhões e 175 milhões de euros, aproximadamente) em subornos de 2003 a 2013, através de fraudes em cerca de 90 contratos com a empresa de energia brasileira, escreve a revista Veja.

João Vaccari Neto foi levado esta quinta-feira para a Superintendência da Polícia Federal de São Paulo, onde prestou esclarecimentos, tendo sido libertado pouco depois, de acordo com a mesma revista.

Pedro Barusco chegou a acordo com a justiça e em troca das informações irá receber reduções na pena. Além disso, comprometeu-se ainda a devolver ao Estado 97 milhões de dólares (cerca de 85 milhões de euros) angariados através do esquema de subornos da Petrobras. Estima-se que tenha recebido 50 milhões de dólares (aproximadamente 44 milhões de euros) em “dinheiro sujo” no mesmo período a que agora se refere para acusar o tesoureiro do PT.

Além da acusação a João Vaccari Neto, Barusco relatou que começou a receber subornos em 1997 da empresa holandesa SBM Offshore, prática que se tornou regular a partir do ano 2000, existindo uma “espécie de parceria fixa” entre Pedro Barusco e Julio Faerman, da empresa holandesa, com pagamentos mensais entre os 25 mil e os 50 mil dólares (22 mil e 44 mil euros, aproximadamente).

Barusco disse ainda que a presidente demissionária da Petrobras, Graça Foster, não sabia do esquema dos subornos.

O PT ainda não se pronunciou oficialmente sobre estas declarações. O Financial Times desta quinta-feira escreve que o escândalo nesta empresa controlada estatalmente pode “engolir o Governo de Dilma”.

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