Os custos do trabalho diminuíram 8,8% no quarto trimestre de 2014, em termos homólogos, refletindo sobretudo a queda de 16,5% no setor público, revelou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Os custos do trabalho, que correspondem ao custo médio horário suportados pelo empregador, são formados pelos valores salariais e por outras despesas (contribuições para a Segurança Social, indemnizações por despedimento, seguros de acidentes de trabalho, prestações complementares de reforma e invalidez, etc.).

Entre outubro e dezembro de 2014, os custos salariais tiveram uma diminuição de 9,7% face ao mesmo período do ano anterior, enquanto os outros custos decresceram 5,8%.

No setor público da economia, os custos médios do trabalho tiveram uma redução face ao período homólogo, devido ao não pagamento do subsídio de férias em 2014 (pago no trimestre homólogo de 2013), o que significou uma queda de 19,2% nos custos salariais e de 9,1% nos outros custos.

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No setor privado, o decréscimo homólogo foi de 3,4%, repartido entre -3,6% dos custos salariais e – 2,7% na rubrica “outros custos”.

A construção foi o setor no qual os custos mais se reduziram (-6,7%), seguindo-se a indústria (-4,6%) e os serviços (-2%).

No terceiro trimestre de 2014, os custos do trabalho em Portugal tinham registado um acréscimo de 0,4%, enquanto na União Europeia aumentaram 1,4%.

O índice de custos do trabalho em Portugal registou, desde o primeiro trimestre de 2010, variações inferiores às da média dos 28 países da União Europeia, caracterizando-se genericamente por decréscimos sucessivos entre o primeiro trimestre de 2011 e o primeiro trimestre de 2103 e acréscimos daí em diante (exceto no primeiro trimestre de 2014).