Qual é a o maior desejo das crianças que brincam com as bonecas Barbie? Que estas lhes respondam. E agora o desejo vai concretizar-se. A Mattel juntou-se à empresa tecnológica ToyTalk para lançar uma boneca que pela primeira vez vai “conversar” com a criança que a adquirir, tendo em conta os gostos e a informação que a criança lhe transmite. Para isto é essencial que a boneca esteja ligada à internet, mas também é preciso ter em atenção possíveis ataques de hackers.

O sonho das crianças em falar com a Barbie foi desvendado por Oren Jacob, atual CEO do ToyTalk e antigo administrador técnico da Pixar, e o protótipo da Hello Barbie (o nome da Barbie que consegue “conversar”) esteve em exposição este fim de semana na Feira de Brinquedos dos Estados Unidos. Ao contrário de outras bonecas que no passado já diziam frases pré-concebidas, repetindo-as à exaustão, a Hello Barbie vai “responder” à criança sempre que esta queira ser ouvida – atualmente o botão para a Barbie “ouvir” está no cinto – e esta vai armazenar informação para outras conversas, como atividades que a criança gosta de praticar ou as suas brincadeiras favoritas.

Ao contrário de outras bonecas que podem demorar até 18 meses a chegar ao mercado, a Hello Barbie será lançada até ao final deste ano e custará cerca de 65 euros. Para que a boneca interaja com a criança é necessária uma ligação wi-fi à internet e a boneca será recarregável. As duas marcas já estão a desenvolver alguns tópicos de conversa gerais, mas a tecnologia permitirá em tempo real que a boneca responda mediante a análise de dados das conversas com as crianças e as respostas dadas pelos técnicos da ToyTalk.

A BBC compara esta nova Barbie a Cayla, uma boneca que já está no mercado e que também tem reconhecimento de discurso, conseguindo adaptar-se a várias línguas usando o tradutor do Google. No entanto, o artigo lembra que em janeiro deste ano, um investigador de segurança descobriu que a boneca é vulnerável a ataques de hackers e pode passar a responder coisas menos inocentes às crianças.

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