A audição do vice primeiro-ministro Paulo Portas na comissão parlamentar de inquérito aos atos de gestão do Banco Espírito Santo (BES) e do Grupo Espírito Santo (GES) está agendada para dia 17 de março às três da tarde. Paulo Portas foi chamado para explicar os detalhes da reunião que teve com o ex-presidente do BES, em que Ricardo Salvado terá avisado para consequências da queda do Grupo Espírito Santo.

Já se conheciam várias reuniões entre Ricardo Salgado e membros do governo, mas o encontro com Paulo Portas só foi recentemente revelado numa missiva que o ex-presidente do BES mandou à comissão de inquérito em que detalha todos os encontros que teve com responsáveis políticos.

Paulo Portas é o segundo membro do governo a ir à comissão, depois da ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, que ainda voltará a ser ouvida. A ida do primeiro-ministro à comissão foi chumbada pela maioria, que no entanto, viabilizou respostas por escrito de Pedro Passos Coelho. O presidente da República é o único titular de cargo público cujas explicações, presenciais ou por escrito, foram chumbadas pela maioria. Cavaco Silva teve duas reuniões com Ricardo Salgado.

No mesmo dia de Paulo Portas, 17 de março, é ouvido o presidente do BPI, Fernando Ulrich, logo de manhã. Miguel Frasquilho, ex-quadro do BES, antigo deputado do PSD e presidente da Aicep, será ouvido no dia 12 de março.

Esta quinta-feira, a comissão questiona o ex-presidente diretor da Oi e antigo presidente da PT, Zeinal Bava. Na próxima semana será a vez de Henrique Granadeiro e Luís Pacheco de Melo, que estavam na administração da Portugal Telecom quando a empresa investiu 897 milhões de euros na Rioforte.

 

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