Um ano depois do desaparecimento do Boeing 777 da Malaysia Airlines que voava de Kuala Lumpur para Pequim com 239 pessoas a bordo, a maioria chineses, o voo MH370 continua a ser um dos maiores mistérios da aviação civil.

Até agora, apesar das intensas buscas encetadas por equipas internacionais com recurso aos meios mais sofisticados de investigação, não foi encontrado qualquer objeto que pudesse ser associado ao aparelho desaparecido, o que levou a que, na Internet, surgissem as mais diversas teorias sobre o destino do aparelho.

O avião saiu de Kuala Lumpur, capital da Malásia, às 00h40 de 08 de março e deveria ter aterrado na capital chinesa quase seis horas depois, mas, segundo os peritos, pouco mais de 40 minutos após a descolagem a aeronave inverteu deliberadamente a sua rota, tendo também sido desligados todos os comandos que permitiriam identificar e localizar o aparelho.

Inicialmente, a atenção dos investigadores centrou-se sobre o comandante, Zaharie Ahmad Shah, de 53 anos, e o seu co-piloto, Abdul Hamid Fariq, de 27 anos – que terá, alegadamente, tentado efetuar uma chamada telefónica antes do aparelho desaparecer dos radares -, mas a investigação não descobriu factos suspeitos nas suas vidas.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Depois da mudança de rota, pouco mais se sabe e os investigadores apenas possuem os registos fornecidos pelos motores que indicam que o avião seguiu mesmo para sul.

De barco e avião, centenas de pessoas trabalham no patrulhamento de uma zona com uma área de 60.000 quilómetros quadrados no oceano Índico, operações que se devem prolongar até maio e que até agora apenas permitiram localizar contentores atirados ou que caíram de embarcações que atravessaram aquela zona.

A Austrália já disse que não pensa em abandonar as buscas, mas não há respostas para as famílias que não podem, em rigor, fazer o funeral de quem seguia a bordo do aparelho.

As atenções estão agora, contudo, centradas no que diz o relatório sobre o caso que será publicado sábado pelas autoridades da Malásia e divulgado no portal na Internet do departamento de Aviação Civil.

Um ano depois, o desaparecimento do avião e o abate de um aparelho idêntico, da mesma companhia, em julho quando sobrevoava a Ucrânia levaram a Malaysia Airlines a pensar numa reestruturação e a privatizar os seus ativos, numa ação também destinada a tentar fazer esquecer o ano trágico de 2014.