Acha que o que ficava mesmo bem na Praça do Comércio era uma roda gigante? Ou que os lagos da Avenida da Liberdade estão a precisar da animação de uns cisnes? Ou ainda que a capital devia legalizar a marijuana e o haxixe? Então o Orçamento Participativo de Lisboa é para si. A partir desta quarta-feira e até 7 de junho, qualquer cidadão pode apresentar as ideias que bem entender para a cidade.

As três sugestões que iniciam este artigo já foram apresentadas a votação, lembra o site O Corvo, mas não tiveram sucesso. Todos os anos, desde 2008, a Câmara Municipal de Lisboa destina um montante à implementação de medidas e propostas dos lisboetas. Este ano tem 2,5 milhões de euros, a serem divididos entre os projetos que custem 500 mil ou menos euros e aqueles que se fiquem por um custo de 150 mil euros.

Depois de 7 de junho, e já com todas as ideias reunidas, a câmara compromete-se a analisar tudo – mesmo as propostas bizarras – e, no fim desse processo, caberá também aos lisboetas votarem naquilo que acham ser o melhor para a cidade, entre 5 de outubro e 15 de novembro.

Entre as propostas dos lisboetas que reuniram mais consenso estão projetos relativos a bicicletas, à reabilitação urbana, ao turismo e às novas tecnologias. Algumas delas, como a eliminação de todas as barreiras à acessibilidade entre o Marquês de Pombal e Entrecampos e a criação de uma rede de internet wi-fi, estão ainda à espera de concretização, apesar de já terem sido votadas há vários anos. Em 2014, as propostas vencedoras iam desde a criação de uma rede de trilhos em Monsanto à requalificação do mercado de Alvalade, passando pela criação de uma ciclovia entre todas as unidades da Universidade de Lisboa.

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