Esta é a história de um objeto vulgar que vale 500 euros. Uma das primeiras esfregonas da história (e o respetivo balde), estava em exposição no Museu do Design em Barcelona, quando um colecionador anónimo decidiu dar 500 euros por ela – a base de licitação era 300, conta o El País.

A notícia fez furor entre colecionadores, comerciantes e na imprensa: uma esfregona artesanal, que demorava um a dois dias a ser produzida, mas que ajudou a reduzir os problemas de saúde provocados pelo ato de esfregar o chão de joelhos – como a artrite -, ia a leilão.

A ideia nasceu em 1956, na cabeça de Manuel Jalón. Engenheiro aeronáutico do Exército, chegou a pensar que seria uma seringa que o deixaria famoso. Mas enganou-se. Numa viagem para os Estados Unidos, reparou na máquina com que os militares limpavam os hangares. Pegou no conceito e adaptou-o à utilização doméstica. Até 1967, foram fabricadas 200 esfregonas de forma artesanal.

Contudo, a “grande invenção” chegou 20 anos depois da original, quando Jalón criou a primeira esfregona de plástico com o cesto circular (que permite torcer a esfregona) que hoje conhecemos.

Em 2009, a polémica instalou-se, quando os familiares de outro espanhol, Emilio Bellvis Montesano, foram a tribunal dizer que era ele o inventor da esfregona. Nenhum dos desenhos constava no Registo de Propriedade Industrial, mas os créditos da invenção foram dados a Jalón – “as esfregonas atuais são tipologicamente iguais” ao modelo desenhado pelo engenheiro.

Juli Capella, arquiteto especialista em desenho industrial que participou como perito no julgamento, explicou ao El País que “o desenho era tão perfeito que quase não mudou”.

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