Os melhores trabalhos de fotojornalismo do mundo regressam ao Museu da Eletricidade, em Lisboa, entre 30 de abril e 24 de maio. Com os vencedores do 58.º World Press Photo já anunciados, esta é a oportunidade para ver de perto imagens de excelência e ler a história por trás de cada uma delas.
A edição deste ano começou com um contratempo. A organização teve de retirar o prémio da categoria de temas contemporâneos 2015, concedido a Giovanni Troilo pela sua série fotográfica “The Dark Heart of Europe” (“O coração negro da Europa”), depois de se aperceber que a fotografia que representava a cidade industrial belga de Charleroi tinha sido, na realidade, tirada em Molenbeek, em Bruxelas.
O fotojornalista dinamarquês Mads Nissen foi o grande vencedor da edição de 2015, com uma fotografia de um momento íntimo de um casal homossexual em São Petersburgo, na Rússia, país que em 2013 adotou legislação que proíbe “propaganda de relacionamentos sexuais não tradicionais” ilegalizando a participação em manifestações homossexuais e discursos em defesa dos direitos homossexuais.
Arte e entretenimento, assuntos contemporâneos, natureza, retratos, desporto. Uma visita ao World Press Photo é uma viagem pelos acontecimentos que marcaram o ano de 2014, dos protestos ao ébola, do salvamento de imigrantes ilegais no Mediterrâneo ao Mundial de Futebol. Concorreram ao prémio 97.912 fotografias de 5.692 fotógrafos oriundos de 131 países. Desde o concurso de 2013 que as regras ditam que as imagens não podem ser retocadas.
A entrada na exposição, que funciona de terça-feira a domingo das 10h00 às 18h00, custa dois euros, mas há vários descontos disponíveis. A exposição também costuma passar pelo Fórum Cultural da Maia, no final do ano. No entanto, na página do World Press Photo ainda não constam outras datas em Portugal, para além da mostra em Lisboa.