A fundação que organiza o concurso World Press Photo decidiu retirar da capa do “Livro do Ano de 2023” a fotografia eleita como melhor registo do ano, alegando que a mesma possui conteúdo “explícito” e não é adequada para um livro “que se vende em museus e livrarias”.

A fotografia vencedora pertence ao fotógrafo Evgeniy Maloletka, que colabora com a Associated Press, e mostra Irina Kalinina, um grávida de 32 anos, a ser retirada dos escombros resultantes de um bombardeamento russo em Mariupol. A mulher ficou ferida depois do ataque e não resistiu aos ferimentos, à semelhança do bebé, documenta o El País.

Uma grávida num bombardeamento em Mariupol e um afegão que vendeu um rim pela família: as fotografias vencedoras do World Press Photo

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Segundo Joumana El Zein Khoury, diretora executiva da World Press Photo, em declaração ao jornal espanhol, esta decisão prendeu-se com o facto de não “ser adequada” para um livro que “estará exposto em lojas de recordações de museus e em livrarias”.

“Pela primeira vez, a capa do “Livro do Ano de 2023″ não é a fotografia que venceu o World Press Photo of the Year mas sim uma menção honrosa à iraniana Ahmad Halabisaz”, lê-se no site da organização.

https://x.com/WorldPressPhoto/status/1711417266699378806?s=20

Zein Khoury acrescentou ainda que ambas as fotografias “documentam a injustiça” e os “riscos enfrentados pelos autores e os fotografados”. Para a organização, a fotografia de Mariupol “é absolutamente importante” e, por isso, “foi premiada” e figura “na exposição de 2023” que vai passar por 70 cidades de 30 países.

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