gigante financeiro HSBC está a fazer uma “reavaliação estratégica” que poderá levar a que a sede do banco saia de Londres e regresse a Hong Kong, anunciou esta sexta-feira o presidente da instituição, Douglas Flint. A incerteza em torno da pertença à União Europeia, com David Cameron a prometer um referendo caso seja reeleito como primeiro-ministro, é um dos fatores que leva o banco a ponderar a saída da City londrina.

“Olhando para o futuro, é impossível não refletir sobre a vasta gama de fatores de incerteza e desafios que se apresentam em 2015 e no futuro”, afirmou Douglas Flint, presidente do HSBC num discurso proferido esta sexta-feira, citado pelo The Guardian. E uma “incerteza que se destaca é a permanência do Reino Unido na União Europeia”, atirou o responsável.

E porque é que essa questão é importante para o HSBC? “Em fevereiro publicámos um estudo que concluiu que trabalhar para completar o Mercado Único para os serviços e para reformar a União Europeia para que esta se torne mais competitiva é muito menos arriscado do que seguir em frente sozinhos, dada a importância dos mercados europeus para a economia britânica”, justifica o presidente do HSBC.

Esta não é a única razão por que o banco está a pensar mudar a sede para Hong Kong. A confirmar-se a decisão, esta será, também, uma reação às mudanças que estão a ser feitas ao nível da regulação da atividade financeira e ao aumento dos impostos que incidem sobre as empresas deste setor.

“A questão é complexa e é cedo demais para dizer quanto tempo este processo demorar ou qual será a conclusão, mas o trabalho está a ser feito” para tomar uma decisão sobre “onde é melhor para o HSBC estar sedeado neste ambiente”, afirmou Douglas Flint.

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