A reabilitação do antigo Hospital do Desterro, em Lisboa, para transformá-lo num espaço cultural que incluirá alojamento turístico, estará pronta no início de 2016, disse à agênciaLusa um dos promotores do projeto.

A Câmara Municipal de Lisboa, a Estamo (empresa que gere património imobiliário do Estado) e a Mainside (empresa promotora da Lx Factory, em Alcântara) assinaram em maio de 2013 um protocolo tendo em vista a reabilitação e reutilização do Convento do Desterro, que passará a ser um “território experimental aberto ao mundo”.

De acordo com fonte da Mainside, responsável pela gestão do novo espaço, os novos usos pensados para o edifício “baseiam-se nas várias histórias que o Desterro viveu ao longo dos últimos 500 anos”.

O Mosteiro de Nossa Senhora de Cister, cuja construção se iniciou em 1591, serviu de alojamento para albergar os monges daquela ordem religiosa, sempre que estes se deslocavam a Lisboa. Por isso, ali “irá nascer um novo conceito de alojamento, através de cápsulas habitáveis — inspiradas nas cápsulas japonesas, mas maiores -, que serão instaladas nas naves dos antigos dormitórios do mosteiro”, adiantou a mesma fonte.

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Além disso, como a empresa já tinha anunciado anteriormente, ali será possível trabalhar temporariamente numa cela, cultivar hortas, almoçar num grande refeitório comunitário e fazer sessões de medicinas alternativas.

O projeto é apresentado hoje pelas 18:00 no Festival IN-Inovação e Criatividade, que decorre até domingo na Feira Internacional de Lisboa (FIL), no Parque das Nações.

Desativado progressivamente desde 2006, o Hospital do Desterro foi vendido à Estamo, empresa pública que gere o património imobiliário do Estado, por 9,24 milhões de euros.

Em 2013, “foi realizado um conjunto de obras enquadradas numa primeira fase de trabalhos que visavam uma limpeza do espaço e algumas demolições de elementos que não faziam parte do edifício original do mosteiro, nomeadamente acrescentos sem valor patrimonial resultantes das necessidades de uso hospitalar”.

Em outubro do ano passado, fonte da Mainside tinha adiantado à Lusa que as obras estavam paradas e não havia prazo previsto para a sua conclusão. Na altura, a empresa aguardava “respostas por parte da entidade proprietária do espaço, a Estamo, para dar continuidade aos trabalhos de obra”.