A greve dos pilotos da TAP teve, nos primeiros dias da paralisação, um impacto negativo de 10 milhões e 20 mil euros na empresa. As contas são de Sérgio Monteiro, secretário de Estado dos Transportes, que na tarde desta segunda-feira atualizou o número que avançara de manhã. Segundo o governante, os 8,4 milhões referidos inicialmente apenas diziam respeito à venda de bilhetes, enquanto o novo valor reflete todos os encargos da companhia: pagamento de hotéis e refeições a passageiros e ainda a poupança conseguida com os salários que não se pagarão aos grevistas.

No final do quarto dia de greve dos pilotos, que está a ter mais impacto no aeroporto do Porto e junto dos voos operados pela PGA, Sérgio Monteiro chamou os jornalistas ao Ministério da Economia para agradecer aos clientes e trabalhadores da TAP e para fazer mais um apelo ao Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil, que convocou a greve. “A TAP não trabalha para o Governo, não trabalha para o Estado”, disse o governante, lembrando que “o motivo pelo qual a TAP opera todos os dias são os clientes.

“É importante verificar que os clientes da TAP continuam a confiar na nossa companhia aérea”, afirmou Sérgio Monteiro, que no entanto sublinhou que “a confiança dos clientes na TAP se está a ressentir” devido à greve e que “bastou que houvesse o anúncio da greve para que a quota de mercado da TAP no aeroporto de Lisboa tenha caído para o nível mais baixo de sempre”.

Por esse motivo, para que a relação entre a TAP e os clientes não se ressinta ainda mais, o secretário de Estado dos Transportes afirmou que “é importante que a direção sindical oiça os apelos do país” e ponha fim à greve, que ainda está prevista para mais seis dias. “Ainda estamos a tempo de evitar 20 milhões de euros” de prejuízos, disse, para depois afirmar que a realização de cerca de 70% dos voos até agora não o surpreendeu. “Já esperávamos esta atitude de enorme elevação” dos pilotos que apareceram para trabalhar.

 

 

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